A aquisição do novo radar primário de vigilância de rota LP23SST-NG, que contempla novas funcionalidades para aplicações civis e com opções de funções militares, vem para a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) como uma solução tecnológica importante na substituição dos radares tridimensionais TRS2230, que operaram desde a década de 80 em Canguçu-RS e Gama-DF, permitindo a constante busca e garantia da segurança em voo.
Seguindo o cronograma contratual entre a CISCEA e a empresa THALES, nos dias 11 e 12 de dezembro de 2018 foram realizados testes para apresentar demonstrações de Medidas de Proteção Eletrônica (ECCM, do inglês Electronic Counter Counter Measure) na cidade de Canguçu (RS).
Nessa localidade foi implantado o radar LP23SST-NG, em substituição ao radar TRS2230, que ainda se encontra em operação nos sítios de Santiago (RS), Catanduvas (PR) e Jaraguari (MS), mas que também serão brevemente substituídos pela versão “NG” - uma evolução tecnológica do radar modelo LP23SST com a função militar já integrada.
Nos testes em Canguçu (RS), esteve uma comitiva formada pelo Coronel Engenheiro André Eduardo Jansen (chefe da Divisão Técnica) e engenheiros Paulo Roberto Pereira Magalhães (Seção de Gerência de Projetos) e Manoel Luiz Ribeiro (Seção de Radiodeterminação), da CISCEA; além do Capitão Eufrásio Henrique Góes e Suboficial Clésio Hipólito Pinto Junior, militares do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Canguçu (DTCEA-CGU); do Suboficial Ralph Alves do Amaral do efetivo do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Santiago (DTCEA-STI) e de representantes das empresas OMNISYS e THALES.
O Capitão Eufrásio Henrique Góes apresentou o DTCEA-CGUe destacou suas particularidades. Em seguida, o representante da empresa THALES apresentou a capacidade técnica do radar LP23SST-NG, já com atualização do software e da configuração, visando à integração das funções militares de ECCM.
Na apresentação das competências do radar, foram destacados os objetivos dos testes em diversas situações:
· na gravação do ambiente de interferência – validar a capacidade do radar em alertar o operador quando está sob ataque de interferência eletrônica;
· no modo fixo – demonstrar que, em caso de interferência externa, a detecção de radar e a precisão no setor ficam comprometidas;
· na agilidade de frequência - atestar que o impacto da interferência é reduzido se comparado com o modo de frequência fixa do radar, em relação a detecção e a precisão;
· na frequência menos sobrecarregada - confirmarque o impacto da sobrecarga é reduzido se comparado com o pseudo modo aleatório e o modo de frequência fixa;
· na detecção avançada de alvos rápidos e lentos – destacar as diferenças das funcionalidades do alvo lento (que é baseada no voo de um helicóptero militar) e do alvo rápido (que é baseada no de um jato).
O radar LP23SST-NG iniciou suas operações semanas antes aos testes realizados, quando o ECCM de modo militar apresentou a capacidade de suprir as necessidades de um primeiro controle, minimizando os efeitos de uma interferência externa.
O uso das aeronaves nos testes de alvos lento e rápido foi positivamente eficaz. No final, foram levantadas observações pelos componentes da CISCEA para melhorar o que, de fato, já se solidificou como uma potencial ferramenta de grande relevância nas operações do controle do espaço aéreo, uma vez que a fabricação do modelo será nacional, tornando o processo de adequação prático e eficiente, logística e economicamente.
Por fim, conforme descrito acima, a CISCEA busca atender as necessidades do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), garantindo a aquisição de equipamentos ou a substituição de sistemas eventualmente ultrapassados por equipamentos tecnologicamente eficientes e confiáveis, proporcionando aos usuários o controle, a proteção e a segurança de todos o espaço aéreo brasileiro.
Seção de Comunicação Social da CISCEA
Texto: 3S SDE Renan Augusto Oliveira de Carvalho
Revisão: 1º Tenente Relações Públicas Camille Barroso
Fotos: Fábio Maciel (ASCOM/DECEA)
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